Uma tradição de desde a criação do Jornal Nacional vem sendo quebrada por conta da pandemia da Covid-19. O “Boa noite” do início e fim do telejornal não vem sendo falado, como forma de luto.
A despedida do programa vem sendo deixada de lado e dando lugar para o constante recorde no número de mortes e casos do novo coronavírus no Brasil. Entre os dias 8 de março e 8 de abril, 28 edições do telejornal foram ao ar, no entanto, 16 delas terminaram sem o tradicional “Boa noite” dos âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos.
Geralmente usado na cobertura de grandes tragédias ou homenagem a grandes personalidades, o silêncio no final do programa foi usado pela primeira vez por conta da pandemia no dia 9 de maio, quando o Brasil bateu a marca de 10 mil mortes causadas pela doença. Desde então, o mesmo vem acontecendo a cada aumento de 5 mil óbitos.
Essa medida vem sendo usada como uma forma de a Globo prestar respeito às famílias que perderam entes queridos por Covid-19.
No dia 17 de março, Bonner e Renata chegaram a falar sobre esse “marco” no Jornal Nacional. “Esse momento de homenagem foi se repetindo de tempos em tempos, você foi se habituando ao nosso cenário na escuridão, à imagem triste de um pedaço cinzento da bandeira brasileira com o número de vidas perdidas”, disse o âncora.
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