A vereadora mais votada de Belo Horizonte, Duda Salabert (PDT), decidiu se candidatar neste ano para uma vaga de deputada federal. Para ela, se eleger passou a ser uma questão de segurança, agora que vem recebendo ameaças de morte constantemente. Precisou até usar colete à prova de balas.
Dentre os projetos apresentados em seu mandato como vereadora, se destacam ações em prol de animais domésticos, animais abandonados, mulheres grávidas, grávidas com deficiência da fala, projetos de preservação do clima (para evitar poeira e contaminação do ar) e projetos para que mulheres vítimas de violência possam ter prioridade para vagas de emprego no SINE.
Mas uma coisa que sempre me chamou atenção é que todos estes projetos costumam ser ignorados por pessoas que usam um só argumento: “não é Duda, ela nasceu Eduardo, o que vale é o que está na certidão” e por aí vai. Não vejo críticas ao trabalho e nem aos projetos.
Só que essas mesmas pessoas não têm problema algum em chamar o Nivaldo Batista de Gusttavo Lima, mesmo este sendo um mero nome artístico, que não consta em sua certidão. Foi aí que eu me dei conta de que o problema não é o que está na certidão das pessoas, é só preconceito, mesmo.
Bom, se é homem ou mulher não vai mudar em nada a minha vida, mas os projetos que ela apresenta podem. E nesta eleição eu decidi votar só em quem tem projetos. Cansei de discursos.
*Este é um artigo de opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do La Notícia.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Concordo. Não tem problema mudar de nome, mas o Gustavo não esconde que mudou com objetivo profissional. Já a Duda, acho estranho que ela virou trans no final de 2017 e logo 2018 já estava se candidatando. Parece algo premeditado
Oi, tudo bem? Estudei no Bernoulli em 2017 e acompanhei parte da transição dela, não só física, mas psicológica e mental também. No começo de 2017, ela já se via como mulher e contou para nós como foi passar por esse processo com a esposa e tudo é muito burocrático, custoso e demorado. Superficialmente, só vemos o que nos mostram, mas tudo estava acontecendo bem antes. Acredito que só quem acompanhou ela vai saber mesmo. As aulas dela iam muito além da literatura, ela fazia críticas, pontuava questões e tudo de uma forma muito leve. Ela sempre defendeu o que ela defende hoje. Ela sempre foi política (no sentido literal mesmo) e ter se candidatado foi uma consequência do que já era fatidico acontecer. Entendo seu receio. Infelizmente, a maioria dos representantes da nossa política hoje deixam a desejar, mas é importante acreditar e valorizar os que realmente fazem por vocação, por isso mesmo fiz questão de responder seu comentário.