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Atriz da Globo revela que foi estuprada por diretor aos 18 anos: “fui convidada”

A atriz Juliana Lohmann, que já teve passagens pela Globo e Record, revelou que foi estuprada por um diretor famoso, em São Paulo, quando tinha 18 anos.

“Fui convidada para fazer um teste por um famoso que dirigia seu primeiro longa. Ele me ligou e me chamou diretamente. Era em São Paulo e eu sou do Rio de Janeiro. Perguntei se podia levar minha mãe. Não, ele não poderia pagar mais uma passagem.

Pediu desculpas. Fui mesmo assim. Era a primeira vez que viajava sozinha, me senti uma desbravadora de novos horizontes pronta para fazer cinema. Passei a madrugada estudando a personagem, cheguei com a cabeça cheia de ideias e perguntas”, começa a contar sobre o episódio que lhe traumatizou.

Juliana conta que se instalou no mesmo hotel que o diretor, o qual ela não revelou o nome. Os dois passaram o texto juntos, até que ele sugeriu o uso da maconha para que a cena fosse relida com mais ‘loucura’ e ‘novas nuances’. “Fiquei reticente, mas acabei aceitando. Dizer não para um diretor não é algo que uma atriz de dezoito anos sabe exatamente fazer. Um trago foi o suficiente pra que eu ficasse completamente chapada. Em determinado momento, percebi que o contato que ele fazia comigo excedia o profissional. Minha inexperiência com a erva não me deixou em condições de avaliar com mais clareza o que de fato tava acontecendo. Ele veio me beijar. Eu me assustei, disse que não queria. Foi uma completa surpresa acreditar que aquele homem, com sua boa imagem midiática de família margarina, se aventurar com outras mulheres. E ainda mais comigo”, relembra ela, em depoimento à revista Claudia.

“Ele tirou o roteiro da minha mão e me apertou com força contra o corpo dele. Eu pedi pra parar, mas ele me apertou mais forte. Fiz força para sair e não consegui. Imobilizada, eu disse que ia gritar. Ele respondeu em um tom doce que, se eu gritasse, ninguém iria ouvir. Eu tentando respirar e acalmar o pânico do pensamento de que eu estava a centenas de quilômetros de casa. Entendi que não tinha saída. Fiquei quieta. Fiz o que ele queria”, completa.

“Este diretor usou de sua posição de poder, não só por ser um homem branco muito mais velho, mas principalmente por ser o diretor do filme, responsável por decidir se eu trabalharia ali ou não. Eu, uma atriz de dezoito anos recém-feitos e que ainda começava a entender como me posicionar profissionalmente sem minha mãe por perto. Ele me enganou, me drogou e me estuprou, violando sexual e deixando marcas que carreguei pro resto da vida”, finaliza Juliana.

Fhilipe Pelájjio

Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é um dos jornalistas mais lidos de MG. Criou os sites Moon BH, La Notícia, The Política e tem parcerias com Estado de Minas, Portal Uai e Correio Braziliense. Já foi editor do BHAZ e head na Itatiaia.

Ver Comentários

    • Ela deve ter usado o termo "homem branco, porque no seu entender, só homens negros pratica esse tipo de ato... Mas uma vez, o negro sendo hostilizado... É o racismo velado, camuflado....

      • De jeito nenhum. Você é que deve estar desconhecendo o tipo de observação, muito comum na discussão sobre privilégios dos Homens Brancos.Primeiro, por serem homens,em posição de controle.Depois, por serem brancos,e com isso possuírem "imunidade" ,junto as autoridades. Ao contrário, é a denúncia contra a subserviência ao neto de escravagistas. Sou homem branco e dedico-me a viver em defesa e respeito a todos. Tenham a etnia,formação,idade e crença que tiverem.

  • Eu diria para a Juliana que aproveitasse melhor sua história, que é boa, fazendo uma obra com ela - um filme. Porque se o diretor está na posição dele é porque enfrentou as dificuldades é tem uma obra, quer boa ou ruim. Já ela concede uma entrevista. O que isto lhe garantirá na vida? Alguns momentos de notoriedade, nada mais. Gostei da forma como ela descreveu os acontecimentos e a escolha de palavras. Talvez desse sim um bom roteiro.

  • Deveria era ter denunciado sendo diretor ou não o lugar dele é na cadeia.eu faria ele perder seu gabarito de diretor...branco ou preto é sem caráter...safado.

  • Esta bem explicito nos comentários aqui porquê muitas mulheres tem medo de denunciar um estupro, gente sem empatia nenhuma....
    E ahhh, será o filme em questão MOTORRAD: A TRILHA DA MORTE.... pesquisei a biografia dela

  • Que coisa se foce o home nergo ela nao iar. Foi confiar no branco olha o que aconteceu estrupada drogada e sem o trabahlo . Mas será que isso aconteceu mesmo ou e para aparecer . Cade o nome do diretor. Por que ela nao evou o acontecido para policia. .

  • Eu quando muito jovem, com a mesma idade dessa atriz, me foi oferecido coisas ilícitas em troca de muito dinheiro, porém devida a educação que recebi e minha índole recusei.
    Se querer se moralista, mas se realmente esse tivesse seguido os bons princípios que ela deixar claro ter, teria recusado o uso de drogas e assim não se colocar em situação vulnerável.
    É sabido que desde os primórdios, principalmente nesse segmento artístico se usa muito do abuso de poder.
    Ela deveria ter feito a acusação logo após o ato e esse canalha deveria estar na cadeia, denunciar muito tempo depois dá margem para se pensar de forma negativa em relação à ela, por isso alguma comentários pejorativo à sua pessoa.