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Apostas virtuais podem ganhar força ofuscar casas de apostas físicas?

O mercado virtual evolui de forma constante e cada vez em maior velocidade. Nenhum setor foge a essa regra e o mercado das apostas não é exceção, desde o primeiro cassino virtual na década de 90 até os dias de hoje o setor passou por enormes transformações, diversificação e inclusão de diferentes tipos de modalidades para seus jogos. Até a famosa roleta, presente em muitos filmes estrangeiros, já conta com sua versão virtual, como a encontrada na plataforma NetBet de cassino online.

A velocidade da busca e uso do entretenimento nos tempos modernos pode deixar a entender que cada vez menos pessoas têm disponibilidade de ir até um cassino, sentar e passar horas em uma jogatina na expectativa de faturamento. A agilidade e praticidade proporcionados pelas plataformas de apostas garante a comodidade do jogador, além de possibilitar o acesso à prática a uma quantia cada vez maior de pessoas.

Se engana quem pensa que apenas os jogos tradicionais como roletas ou slots fazem parte do repertório de tais sistemas; apostas em jogos de futebol, basquete e até partidas de jogos eletrônicos entram no hall de lances possíveis.

Existem empresas do ramo que faturaram quase 3 bilhões de euros em 2019, e com a evolução da modalidade das apostas para um direcionamento ao mercado virtual, a tendência é que esses valores apenas aumentem com o tempo e que o público se torne cada vez maior. Já no Brasil o mercado não é tão difundido devido a não ser considerada uma atividade regulamentada, ou ao menos não era até 2018, quando o ex-presidente Michel Temer assinou o decreto que autoriza a regulamentação da atividade de aposta em cota-fixa (a qual o apostador sabe de antemão quanto pode receber caso seu palpite seja

acertado) dentro do território nacional. A medida foi então tramitada por cerca de 2 anos e está em via de aplicação definitiva no segundo semestre de 2020.

Os apostadores brasileiros já têm acesso a tais plataformas hoje mesmo com elas estando fora do país, pois o que basta para se fazer uma aposta sobre qualquer modalidade esportiva disponível, nacional ou internacionalmente, é acesso a internet. A diferença das plataformas estarem hospedadas no Brasil ou fora daqui são a não arrecadação governamental através dos tributos e a divulgação limitada em publicidade, que não atinge os canais de tv abertos e alguns outros meios como em redes sociais. Logo no ano qual foi assinado o decreto da regulamentação, empresas do setor enxergam com otimismo o desenvolvimento desse mercado no Brasil e começaram a firmar patrocínios com times de futebol brasileiros, associações esportivas e ex-jogadores, para estabelecer um meio de divulgação por meio do patrocínio e criar maior proximidade com o público.

Fora do Brasil a prática de apostas esportivas já é bastante comum, substituindo em massa antigos cassinos luxuosos e casas de apostas, como temos as Lotéricas aqui no país, em espaços físicos. A ideia, contudo, é que cada vez menos as pessoas usem os parceiros físicos e comecem a usar tais serviços de forma online, evitando filas e jogando no conforto de sua casa. De forma bastante cômica, sabemos que isso pode ser benéfico pra quem vai numa lotérica e tem que esperar por horas a fio, em dias de pagamento, por exemplo.

O futuro é sempre incerto, mas tudo aponta para um crescimento não só desse, como qualquer outro serviço que possa ser substituído de forma online, talvez, até mesmo afetando os luxuosos cassinos antigos que conhecemos em filmes e seriados, um dia, dando espaço aos mesmos para outras atividades.

Fhilipe Pelájjio

Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é um dos jornalistas mais lidos de MG. Criou os sites Moon BH, La Notícia, The Política e tem parcerias com Estado de Minas, Portal Uai e Correio Braziliense. Já foi editor do BHAZ e head na Itatiaia.