O apresentador do Jornal Nacional William Bonner comentou na edição desta segunda-feria, 24, o caso do político Roberto Jefferson, que ao ser preso por agentes da Polícia Federal atirou um com fuzil contra os policiais e ainda atirou granadas.
Bonner relatou o caso e ainda deu destaque para o fato de que ao retornarem para prender o político, que ainda contou com apoio do governo federal por meio do ministro da Justiça, os agentes conversaram com ele de forma branda e amigável.
Era como se eles quase estivessem pedindo desculpas por terem de prender o criminoso.
Quem não deixou de comentar a situação foi a ex-mulher de William Bonner, Fátima Bernardes. Ela questionou o tratamento recebido pelo bandido e se qualquer outro cidadão teria os mesmos benefícios que ele teve, incluindo apoio do governo:
“Se você, eu ou qualquer brasileiro condenado, cumprindo prisão domiciliar, atirássemos contra a polícia, feríssemos dois policiais, lançássemos granadas contra o carro da polícia, será que nós receberíamos como tratamento o Ministro da Justiça do Brasil Brasil acompanhando a nossa rendição?”, questionou a ex-apresentadora do Encontro.
Bernardes continuou seu questionamento: “Ou será que isso aconteceu porque o ex-deputado Roberto Jefferson é aliado do nosso presidente? Vamos pensar sobre isso. Por que o tratamento foi tão diferente daquele que seria destinado a qualquer brasileiro?”.
“Houve a prisão, ele resolveu reagir e atirou em policiais. Para mim, quem atira em policial, o tratamento dispensado tem que ser de bandido”, disse primeiramente sobre o caso, ao ver que a repercussão estava negativa demais para ele.
Comentou também sobre o criminoso estar, em sua visão, lutando por liberdade: “O Roberto Jefferson, no meu entender, tinha tudo para continuar a sua batalha por liberdade. Agora, quando ele atira em direção a policiais, lança uma granada – que seja granada de efeito moral – ele perdeu completamente a razão e vai responder agora por tentativa de homicídio. Lamento, mas não posso concordar com isso”.