William Bonner e Fátima Bernardes mandaram um dos trigêmeos, Vinícius Bonemer, para fora do país. O rapaz está morando em Paris, na França.
A justificativa oficial é de que Vinícius teria ido para o exterior para estudar, no entanto, também é preciso levar em consideração que a família de Bonner vem sofrendo ameaças de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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Na despedida do rapaz, Fátima Bernardes usou as suas redes sociais para falar sobre o intercâmbio. “Que poder tem um abraço. Meu filho e a namorada embarcaram para a França para recomeçar os estudos, depois das férias de Natal”, escreveu ela.
“Não sabemos quando vamos nos reencontrar por conta dessa pandemia, mas o amor envolvido nesse abraço vai nos dar força pra esperar. Boa viagem, Vini. Boa viagem, Thalita. Vão com Deus”, continuou a apresentadora.
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Fátima Bernardes que estava afastada do Encontro por conta da descoberta de um câncer no útero, voltou ao programa nesta segunda-feira (04). Ao vivo, a apresentadora desabafou sobre a morte de uma funcionária que não se recuperou da Covid-19. “Uma pessoa muito querida, que trabalhou comigo por 30 anos”, disse a jornalista.
“Eu notei outra coisa que mudou, tô mais chorona. Eu sempre me seguro mais. Enquanto ele tava falando, eu lembrei de uma coisa que eu pensei muito durante esse período”, começou ela.
“Além de ter essa sensação de que você tá tendo algo que outras pessoas não têm, que é a chance da cura – eu não ia falar nisso, porque eu sabia que ia chorar, mas como já chorei -, eu fiquei muito angustiada com todas as notícias da Covid-19, porque você acaba fazendo uma cirurgia e acaba ficando com a imunidade mais baixa. O medo dessa doença fica um pouco maior”, admitiu.
“Olhar a quantidade de pessoas morrendo por conta dessa doença, e as outras com câncer que não tão conseguindo ter atendimento porque tão com medo de irem até o hospital, adiando exame, me deixou angustiada”, disse Fátima.
Sem revelar, inicialmente, o nome da funcionária, Fátima foi às lágrimas. “Durante esse período, nesse mês, eu tive a perda de uma pessoa muito querida, que trabalhou comigo por 30 anos. Ela tinha enfrentado um câncer de pulmão, e olha, ela tinha plano de saúde, tinha tudo, mas não adianta, gente”, relatou.
“Ela não andava de transporte público. Como ela se contaminou, a gente não sabe. Pode ter sido um pacotinho, um pacote de pão que pegou no mercado. Olha, ela era muito cuidadosa”, ressaltou a apresentadora.
“Ela sempre chegava em casa muito cedo, e eu dizia que não precisava, porque eu tomo café aqui (na Globo), mas ela fazia questão de fazer um café de coador pra eu tomar antes de sair. E hoje fez muita falta esse café”, relembrou, fazendo uma pausa para respirar fundo.
“Uma pessoa que convive com você por 30 anos, que tá bem, que teve uma doença há sete anos, mas foi curada. Ela não tava com outra doença em decorrência do câncer, e chegar outra doença e levar ela assim. (A pessoa) não fica um mês internada, vai pra casa com balão de oxigênio, e depois volta a internar e em dois dias a pessoa morre”, lamentou.
“Alice, onde quer que você esteja… Isso, acho que todo esse período, essas perdas assim como a dela, quantas famílias (não sofreram)? Isso me angustiou muito. Foi muito difícil você ver quantas pessoas estão sofrendo sem necessidade”, constatou a jornalista. “O que eu queria dizer pra ela e pra toda família (dela) eu já disse”, completou Fátima.
“Quando o Bráulio fala em recomeço, não tenho como não pensar que muitas pessoas não vão ter a chance de recomeçar assim como eu. Nessas horas eu penso que eu não tenho direito de estar derramando lágrimas, lamentando, eu tenho que estar feliz. Eu não tenho vocação pra tristeza, eu tenho vocação pra construir coisas boas”, finalizou.