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Silvio Santos foi ao dono da Globo impedir contratação de Gugu com super salário

Por muito pouco Gugu Liberato não foi uma das maiores estrelas da Globo, já que ele chegou a assinar um contrato com o canal em 1988 e ia sair do SBT para comandar os domingos da emissora. Mas uma intervenção de Silvio Santos mudou tudo.

Naquele ano o Homem do Baú descobriu que estava com um sério problema de voz e não sabia se conseguiria apresentar seu problema novamente ou se precisaria se aposentar. Sabendo que seu programa e sua emissora ficariam prejudicados, ele precisou agir rapidamente.

Ofereceu a Gugu o maior salário da televisão brasileira, saindo de 750 mil cruzados (moeda brasileira na época) para 50 mil dólares por mês.

Mas o contrato de Liberato já estava assinado com a Globo e até o cenário do seu programa havia sido concluído, ao custo de 8 milhões de cruzados. Foi então que Silvio precisou ir pessoalmente até a sala de Roberto Marinho e explicar a situação. Também se propôs a pagar a multa de recisão e os custos do cancelamento do contrato.

Mas a conversa foi rápida neste sentido. Marinho disse a Santos: “Silvio, nossos advogados ganham bem o suficiente para cuidar dessas questões contratuais”, disse. À partir de então passaram a bater papo sobre a vida e pesca submarina, uma das paixões do dono da Globo.

Em entrevista para a Revista Veja, Gugu comentou sobre sua permanência no SBT: “Não nego que aceitei a proposta do Silvio porque, economicamente, ela é irrecusável. Mas também a aceitei emocionalmente porque cresci no SBT, admiro muito Silvio Santos, terei a chance de substituí-lo e, ainda, porque ele me chamou por estar com problemas de saúde”.

Ele ficou na emissora até 2009, quando foi trabalhar na Record também com um programa aos domingos e depois em programas de temporada.

Fhilipe Pelájjio

Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é um dos jornalistas mais lidos de MG. Criou os sites Moon BH, La Notícia, The Política e tem parcerias com Estado de Minas, Portal Uai e Correio Braziliense. Já foi editor do BHAZ e head na Itatiaia.