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Ícone e uma lenda viva, Milton Nascimento se emocionou ao participar de um dos últimos ensaios da Portela, escola de samba centenária do Rio de Janeiro que, pela primeira vez na história, vai homenagear uma pessoa viva.
Com o tema “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol, uma homenagem a Milton Nascimento”, de André Rodrigues e Antônio Gonzaga, Milton Nascimento fez questão de participar do ensaio, aos 82 anos de idade, e se emocionou ao entrar na Sapucaí.
Em entrevista ao jornal O Globo, ele descreveu o momento que está vivendo como um grande sonho: “É impossível descrever o que estou sentindo. Este é um dos maiores momentos de toda a minha carreira. O que eu posso dizer é o seguinte: estou vivendo um sonho. Devo isso à Portela, que tem me tratado com muito amor, carinho e respeito”.
“Eu que até pouco tempo atrás pensava que dificilmente estaria num palco de novo, participei de dois shows só na semana passada. Um na quadra da Portela, junto com meu amigão Hamilton de Holanda e, no dia seguinte, no evento que a escola fez no Vivo Rio. E, nessas duas noites, o que a gente viveu foi uma coisa que até agora não consigo explicar”, disse.
Não é a primeira vez que o grande mineiro será tema de uma escola de samba. a primeira aconteceu em 1989, quando ele foi homenageado pela Unidos de Cabuçu com o enredo “Milton Nascimento, sou do mundo, sou de Minas Gerais”. 36 anos depois ele volta como tema em uma das maiores e mais tradicionais escolas do país.
Milton Silva Campos do Nascimento, conhecido como Milton Nascimento ou “Bituca”, é um cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro, reconhecido como um dos mais influentes e importantes artistas da história da música no Brasil.
Início da carreira
Nascido no Rio de Janeiro em 1942, Milton mudou-se ainda criança para Minas Gerais, onde cresceu e teve contato com diversas influências musicais. Aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a se destacar como compositor e intérprete.
Primeiros álbuns
Em 1967, lançou seu primeiro álbum, “Travessia”, que já mostrava sua genialidade musical e o estilo único que o consagrou. O álbum continha canções marcantes como “Travessia” e “Coração de Estudante”, que se tornaram clássicos da MPB.
Clube da Esquina
No início dos anos 1970, Milton se juntou a outros músicos talentosos, como Lô Borges, Beto Guedes e Wagner Tiso, para formar o movimento Clube da Esquina. Juntos, eles lançaram álbuns inovadores que marcaram a história da música brasileira, como “Clube da Esquina” (1972) e “Minas” (1975).
Reconhecimento internacional
A partir da década de 1980, Milton Nascimento passou a ser reconhecido internacionalmente, com álbuns como “Anima” (1982) e “Missa dos Quilombos” (1982). Suas músicas passaram a ser tocadas em rádios de todo o mundo, e ele se apresentou em diversos países, levando a música brasileira para um público global.