foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Ronaldo não está nada satisfeito com um documento vazado com a transação entre ele e Pedrinho, novo dono da SAF do Cruzeiro, que mostra que, em teoria, o ex-jogador ainda pode ficar com as ações do clube, caso haja inadimplência nos pagamentos dos milhões acordados na venda. Isto vem atrapalhando as negociações para sua possível candidatura à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O documento vazado mostra que se Pedrinho não concluir o valor acordado entre as partes, Ronaldo voltaria a ser dono das ações do Cruzeiro. Até aí tudo bem, mas isso o impediria de assumir o cargo na CBF por um conflito de interesse. Não poderia o presidente da entidade ser acionista de um clube de futebol.
O problema é como o assunto foi vazado para a imprensa, que passou a publicar detalhes do acordo, colocando a própria candidatura em risco. Há duas visões diferentes para o tema. A primeira vê desde já o conflito de interesse.
Uma outra, porém, enxerga que punir Ronaldo com um impedimento de se candidatar, somente pela possibilidade de que ela retorne ao clube em uma eventual falta de pagamentos é infundada.
Segundo a assessoria do astro do esporte, “as ações […] foram colocadas como garantia de pagamento do preço de compra –uma prática comum em contratos com pagamentos parcelados”.
Mas o Cruzeiro não é o único problema para a candidatura de Ronaldo na CBF. Ele e suas empresas possuem contratos com grandes empresas que também são patrocinadoras da entidade, algo que poderia, também, comprometer sua parcialidade caso precisasse entrar em negociações.
Nike, Itaú e Betfair são empresas que mantém uma relação com o ex-jogador campeão do mundo e com a entidade que representa o futebol nacional.
“Essas cláusulas são usuais em negócios dessa magnitude e servem apenas para proteger o credor em caso de descumprimento do pagamento do valor total acordado. Elas não alteram a natureza definitiva da operação.”